A CAMINHO DO TRABALHO
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oje, a caminho em minha labuta diária para travar uma luta constante contra um inimigo que mal se pode ver, em termos de proporcionalidade, seria um batalha covarde e desigual: Eu, um homem não muito alto, mas ainda assim um homem, contra um mosquito que mede um pouco menos de um centímetro quando adulto e bem gordinho.
Mas ele tem algumas vantagens: passa despercebido, ataca em quantidade e tem o apoio do descuido da sociedade. Um mal que já deveria ter sido erradicado de nosso meio, mas por conta da nossa “invigilância” ainda nos traz e trará muitos problemas.
AEDES AEGYPTI vulgarmente conhecido como mosquito da DENGUE e eu, nos gritos das crianças, sou o homem da dengue, isso quando elas não erram na forma “gritada” de anunciar e sai assim: mãe o homem com dengue tá aqui! Mas estes altos e baixos e momentos engraçados de nossa labuta descreverei pra vocês em outro momento. Voltemos ao caminho para o trabalho que tem algumas etapas: ônibus, trem e uma boa caminhada. Desembarco do trem todos os dias, ali na estação de Triagem, sigo a Rua Francisco Manuel e passo em frente à "Es s Ex" (Escola de Saúde do Exército). Sinto algo que não sentia há muito tempo, um velho e esquecido sentimento que todos nós um dia experimentamos. Todos que já passaram por aquele serviço militar obrigatório. Exageros a parte, digo exageros porque em meu tempo de soldado era levado a fazer coisas que não elevavam nem um pouco a autoestima, pelo contrário, destruía alguma que ainda restava. Deixemos para lá os abusos de autoridade e voltemos ao bom sentimento que me invadiu vendo a companhia em forma e ouvindo o Hino Nacional sendo executado pela banda militar. Fui tomado pelo orgulho de ser Brasileiro e uma vontade de fazer diferente, melhorar, mudar e lutar à medida que o Lábaro ia sendo hasteado! O sentimento interno subia como um pátrio termômetro! Ocorreu-me se todos aqueles jovens ali prestando o serviço militar obrigatório na Escola de Saúde do Exercito, que tem escrito no seu prédio principal “Aqui Começa o Serviço de Saúde”, fossem invadidos por esse sentimento nobre de mudar, lutar e fazer diferente, dessem baixa e saíssem formados em profissionais de saúde, o quanto não seria fortificado (reforçado) o nosso contingente para a luta diária contra o Aedes, a leptospirose, a leishmaniose e tantos outros males que batem a porta de nossa sociedade. Mas a grande maioria deles não será e nem sairão formados na área de saúde, só prestarão (cumprirão) o tempo obrigatório e amanhã serão apenas Antônio, José e João que desembarcaram naquela estação...
Gênero: Crônica
Autoria: MARKITO MORAES.
(Marco Moraes é AVS da CAP 1.0)
O que falar do Markito?
ResponderExcluirEu trabalho com ele, posso dizer que ele é um amigo que nos ensina muito,que também faz enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido e sempre compartilha a sua experiência conosco, ele fala usando da verdade de um poeta.
assim.... amigo ...
...O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante...
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas...
É entre VOCÊ e DEUS...
Nunca foi entre você e eles!
ADRIANA LIMA (AVS - CAP 1.0)